(in)delicadeza de amar.

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

- E o que você faz com as cartas que escreve?
- Guardo. A sete chaves. Um dia talvez possa
entregá-las pessoalmente.

(...)

- E… o que você diz nessas cartas? (...)
– Eu digo que estou disposto a qualquer coisa,
eu digo assim: "Chegue bem perto de mim. Me olhe,
me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada,
mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso
se perder, virar poeira, virar nada. Daqui há pouco você
vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se
perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue
mais perto"
- ... É tão complicado. Saio na rua e fico olhando todos os
meninos de vinte anos, como se cada um pudesse ser ele.

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