Caio Fernando Abreu
Tentava sentir baixinho, mas o amor fala alto, mesmo quando silencia. - Ana Jácomo
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Eu não queria ter ido tão longe. Nem seguido alguém que eu não podia, nem aturado quem eu nunca pude. Eu só queria que ele aparecesse. O homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó. O homem que vai ser o pai dos meus filhos e não dos meus medos(…) Cansei de morrer na vida das pessoas.
Tati Bernardi
Tati Bernardi
Um dia você vai encontrar alguém que te lembre todos os dias que a vida é feita para ser vivida. Alguém que é perfeito de tão imperfeito. Alguém que não desista de você por mais que você tente afastá-lo. Naquele dia que você não estiver procurando por ninguém, naquele dia que você não ia sair de casa e acabou colocando a primeira roupa que viu pela frente. Quando você não estiver procurando, você vai achar aquela pessoa que faz você sentir que poderia parar de procurar.
Caio Fernando Abreu
terça-feira, 28 de junho de 2011
sábado, 25 de junho de 2011
Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja, muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você.
Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Jade Stephanny
Caio Fernando Abreu
domingo, 19 de junho de 2011
Trancar o dedo em uma porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada, se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando MC Donald´s, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias. Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso… É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler…
Miguel Falabella.
Tatiane Alves
Depois de um final de semana inteiro de palpitações, descargas de adrenalina, músicas, textos, amigos, danças, gritos, sensações, assuntos, choros, dores, vida. Agora eu já sei. O que eu nunca vou saber é porque faço tudo isso comigo só porque tenho tanto pavor do tédio. Era só isso o que eu precisava.
Tati Bernardi
Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão. E que só sabe escrever. Não sei mais falar, abraçar, dar beijos, dizer coisas aparentemente simples como “eu gosto de você”. Gosto de mim. Acho que é o destino dos escritores. E tenho pensado que, mais do que qualquer outra coisa, sou um escritor. Uma pessoa que escreve sobre a vida – como quem olha de uma janela – mas não consegue vive-la.
Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Tati Bernardi
Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
domingo, 12 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
O triste é quando você vai deixando de existir, quando as pessoas passam a esquecer que você está ali. Quando você percebe que as pessoas tem medo da sua reação. Não sabem o que esperar. E sabe. É muito triste quando quem você ama não sabe lidar com você e acaba errando todos os passos.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Tati Bernardi, adaptado.
Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha e tenho pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.
Caio Fernando Abreu
sábado, 4 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
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