Anota ai: Eu ainda vou te acordar com um beijo.
Tentava sentir baixinho, mas o amor fala alto, mesmo quando silencia. - Ana Jácomo
domingo, 27 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Mas chega. Hoje decidi que estou prestes a assumir meu coração vazio. Não decidi isso movida por uma grande coragem ou por um momento de iluminação. Nada grandioso aconteceu. Apenas sinto que dei um pequeno, quase imperceptível, passo para uma vida mais madura. Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu de cor-de-rosa para achar que vale a pena sair da cama.
Tati Bernardi
Ultimamente eu tenho sentido uma vontade louca de você. Vontade de cantar você, vontade de sorrir você, vontade de sonhar você, vontade de amar você. E em meio de tanta fuga do concreto, venho descobrindo através do abstrato, que pra sentir o meu "eu", eu só preciso sentir o "meu você".
Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
- O que te faz lembrar de mim?
- Queimaduras.
- Por que?
- Por que?
- Porque é aquela dor isolada, em um pequeno espaço do seu corpo, mas que consegue desviar a atenção de todo o seu ser. Aquela ardência continua, que não te deixa esquecer nem por um segundo. Que atrapalha, judia. E se você tocar, fica cada fez pior...
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Fernanda Mello
domingo, 13 de novembro de 2011
Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. Que eu continue alerta. Que, se
necessário,eu possa ter novamente o impulso do voo no momento exato. Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam,que eu não fira ninguém. Livrai-me dos poços e dos becos de mim, Senhor.
Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Odeio morar dentro de mim, esse ser que sou eu e que não me faz feliz e nem me deixa dormir. Esse ser que está sempre em outro lugar, no lugar de sentir todas essas coisas. No único lugar de sempre, esperando, doendo, cheio de si nos dois sentidos. Mas é a arrogância de novo. Querendo odiar. Querendo entender. Querendo doer mais que todo mundo, querendo não ser. Mas não é ódio e nem nada. É tristeza. Muita. E uma vontade enorme de sair daqui. Uma vontade minúscula perto do tamanho da minha tristeza. Eu que sempre vou embora de todos os lugares, acabo sempre chegando a conclusão que a tristeza é o único lugar do qual jamais se vai embora.
Quando dei por mim já tinha me tornado uma pessoa fria e sem sentimento algum. Por mais que tudo em minha volta se mostrasse feliz, meu rancor era maior que qualquer coisa. Fiquei implicante, chata, mal-humorada e sem educação. Sem entender esses risos descontrolados e inúteis. Essas frases de impacto que nunca salvarão o mundo, essas pessoas que falam de amor como se fosse algo fácil e simples, pessoas que amam pessoas sem nunca terem se visto pessoalmente; amizades falsas e simplesmente por interesse. Enfim, quando dei por mim, fiquei mais critica e seletiva. Agora só desejo que o mundo me entenda; eu não escolhi ser assim: o mundo me tornou assim. Um dia quem sabe meu senso de ridículo vá embora e eu volte a gostar do mundo como ele é.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
(...) Você está em mim e eu em você. Porque a física ensinou, meu coração confirmou. Eu tirei zero em física, o coração está em eterna recuperação. Mas a vida? A vida, eu não sei. A vida, eu aceito. Aceito viver sem entender. Assim como aceito minha falta de jeito, minha eterna saudade e essa vontade de ser tantas e tanto e ter apenas um coração.
Fernanda Mello
Mesmo assim eu não esquecia dele. Em parte porque seria impossível esquecê-lo, em parte também, principalmente, porque não desejava isso. É verdade, eu o amava. Não com esse amor de carne, de querer tocá-lo e possuí-lo e saber coisas de dentro dele. Era um amor diferente, quase assim feito uma segurança de sabê-lo sempre ali.
Caio Fernando Abreu
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Desapego Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Afinal se coisas boas se vão é para que coisas melhores possam vir. Esqueça o passado, desapego é o segredo.
Fernando Pessoa
domingo, 6 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Meu Deus, não sou muito forte, não tenho muito além de uma certa fé- não sei se em mim, se numa coisa que chamaria de justiça-cósmica ou a-coerência-final-de-todas-as-coisas. Preciso agora da tua mão sobre a minha cabeça. Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. Que eu continue alerta. Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do voo no momento exato. Que eu não me perca que eu não me fira que não me firam que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor.
Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre.
Caio Fernando Abreu.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Até hoje eu não sei se o nosso grande problema é o seu apego idiota a sua liberdade, ou a minha bipolaridade maldita que na nossa história, de alguma forma, é abafada por essa sua escolha de ter a mim e ao mundo, sem abrir mão de nenhum dos dois. Também não sei se o que me prende tanto a você é justamente essa impossibilidade de sermos, finalmente, nós. Mas alguma coisa me prende, e me prende demais.
Caio Fernando Abreu
Eu sou apenas a garota angustiada, de cabeça metralhadora, de tremedeira na existência, de maxilares travados de tanto que dói gostar tanto de tudo. Eu sou apenas a garota que tenta ser amada. E sou profundamente amada por alguns meses, até o garoto segurar firme a minha mão e dizer "nós somos inseguros e queremos uma garota normal". E então eu me pergunto se não deveria lobotomizar meu cérebro pra pensar menos, lobotomizar meu coração pra sentir menos.
Tati Bernardi
Caio Fernando Abreu
Acho que tenho medo de não conseguir deixar que o passado seja passado, de aceitar verdades pela metade, de viver de ilusão. Eu preciso muito, muito deixar acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho sentido necessidades do novo, não importa o que, mais que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso deixar a casa vazia para receber a nova mobília. Fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração. Demolir as ruínas e construir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
Disse pra mim. Nenhum pio. Não vou falar nada. Já que sou tão imprópria, inadequada, boba. Já que nunca basto e se tento me excedo. Já que não sei o que deveria ou exagero em querer saber o que não devo. Nunca entendo exatamente, nunca chego lá, nunca sou verdadeiramente aceita pela exigência propositalmente inalcançável. Meu riso incomoda. Meu choro mais ainda. Minha ajuda é pouca. Meu carinho é pena. Meu dengo é cobrança. Minha saudade é prisão. Minha preocupação chatice. Minha insegurança problema meu. Meu amor é demais. Minha agressividade insuportável. Meus elogios causam solidão. Minhas constatações boas matam o amor. As ruins matam o resto todo.
Tati Bernardi
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