(in)delicadeza de amar.

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sexta-feira, 10 de junho de 2011



Acho que eu sempre fui auto-suficiente em tudo. Mesmo quando dependia da minha mãe financeiramente. Nunca precisei de ninguém para ir ao cinema, acostumei a ir sozinha; nunca precisei de ninguém para beber; nunca precisei de ninguém nem para conversar, porque aprendi a contar as coisas para as paredes. Já teve dias de eu sair com algum amigo e pensar "meu deus, já falei tanto sobre isso hoje (com as paredes), nem vou perder meu tempo falando de novo". E ficava sem contar os problemas, porque sabe, eu já tinha contado e não queria repetir. E por aí vai. Inclusive eu tenho DR com as pessoas, só que elas não sabem, pois nunca estão presentes. Falo, falo, levanto o dedo "mas você não podia ter feito isso" e a pessoa nem responde já que rola uma incompatibilidade de agendas e locais.
O triste é quando você vai deixando de existir, quando as pessoas passam a esquecer que você está ali. Quando você percebe que as pessoas tem medo da sua reação. Não sabem o que esperar. E sabe. É muito triste quando quem você ama não sabe lidar com você e acaba errando todos os passos.

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